quinta-feira, 12 de março de 2009

reunião dos professores . 04/03 . ata

Reunião dos Professores
Quarta-feira, 04 de março de 2009

Presentes: Carmem Gadelha, José Henrique, Adriana Schneider, Mário Piragibe, Marina Vianna, Marcellus Ferreira, Erika Neves, Diogo Liberano, Diogo Villa Maior e Pedro Pedruzzi. (Os três últimos, representantes do CADT).


. Carmem Gadelha inicia com a questão da Mostra Mais. José Henrique havia manifestado via e-mail preocupação com os projetos;


. Carmem apresenta Erika Neves, produtora contratada pela ECO, que se responsabilizará pela produção das mostras da Direção Teatral;


. Adriana Schneider pontua preocupação com projetos que não apresentam texto/roteiro já adiantados e Marina Vianna chama atenção para a vontade de intervenção dramatúrgica por parte dos alunos, mas não sabe se Direção VI é o momento. Mário Piragibe acredita que em Direção VI não há tempo para desenvolvimento dramatúrgico. Detecta-se um crescimento na quantidade de projetos que apresentam textos a serem escritos;

- Marcellus Ferreira chama atenção sobre o que foi a Direção V dos alunos como forma de dizer sobre a possível incapacidade de lidarem com suas propostas de Direção VI;


- Carmem coloca que a discussão sobre o texto em Direção VI já havia sido feita. Será que o aluno que não tem domínio sobre os elementos da cena pode também desenvolver um texto? Por isso, este espaço foi reservado para PET. Em Direção VI, o texto pode ser escrito por algum amigo, mas antes do processo de ensaios;

- Mário sugere estabelecer prazos para entrega de roteiros;
- Volta à preocupação geral com as possibilidades de execução da Direção VI neste ano;
- José Henrique considera a Direção V (2008.2) muito turbulenta e as propostas para esta Direção VI, muito voláteis;

- Para José Henrique, a preocupação maior do curso é a formação de bons profissionais. Logo, deve-se repensar Direção VI como estágio nesta formação. Crê que há confusão por parte dos alunos sobre o estágio em que estão. Falta posição do curso, e não só do coordenador, quanto a isso;

- Carmem mostra preocupação com retenção de alunos. Não deseja que 12 projetos agora se tornem 18 no ano que vem. Acredita que questões devem ser repensadas. Vê impressões de Direção V para Direção VI como algo positivo, mas tem dúvidas sobre a obrigação de se aprender algo antes de outro algo. Carmem ainda coloca que o problema dos projetos não está somente na questão do texto, mas também no tratamento raso dos alunos em relação aos textos selecionados (já escritos ou não). Para José Henrique, os projetos não têm consistência, maturidade. Não há como garantir qualidade;

- Schneider afirma que vale à pena repensar a questão da orientação para se fazer o projeto. Carmem reconhece que a orientação deve ser dada desde sempre, mas é impossível com professores tão sobrecarregados. Logo, enquanto os professores são também culpados e os alunos vítimas, não deve haver alto índice de reprovação,

- Diogo Liberano pede a palavra em nome do Centro Acadêmico. Questiona se, em vez de um problema, a necessidade de novas dramaturgias não é um sintoma que não encontra espaço para se desenvolver enquanto linguagem em nosso curso. Também coloca a dificuldade dos alunos em escrever seus projetos sem ter acesso a disciplinas que os preparem para isso. E também, a falta de divulgação em relação às regras de Direção VI e PET;

- Carmem pensa em discutir (em outra ocasião) a posição da disciplina Projeto de Encenação. Sobre as regras, alega que o documento com elas já circulou. (Embora tenhamos detectado que não oficialmente);

- José Henrique diz que o problema não são as regras, que podem mudar de acordo com o contexto, mas sim as conceituações dos projetos. Carmem corrobora José Henrique: a idéia de encenação não está nas regras, mas na disciplina Poéticas do Espetáculo I;

- Carmem afirma que deve haver experimentação, mas isso não significa que vale tudo. Há saber acumulado que deve ser passado;

- Mário alega não ser contra a escrita dramatúrgica, mas revela-se preocupado com o pouco tempo disponível para ela. Defendem que um processo de construção de dramaturgia é algo longo;

- Sobre a necessidade de reconhecer e estudar a nova dramaturgia dita por Diogo, Schneider responde que, ao mesmo tempo em que existe essa demanda, os alunos não comparecem ao que há de estímulo à construção dramatúrgica, como os encontros do evento Nova Dramaturgia, promovidos no ano passado;

- José Henrique acredita que a solução não está em derrubar todos os projetos, mas não acha que devam passar sem discussão. Queria mais esclarecimentos quanto ao que os alunos querem dizer em seus projetos. Para isso, sugere apresentações dos alunos, releitura e reelaboração dos projetos, em busca de maiores esclarecimentos;

- Carmem concorda e aponta que todos os alunos devem estar presentes na discussão de todos os outros. José Henrique aproveita para criticar a ausência dos alunos nas discussões de uma forma geral, aonde muitas coisas são esclarecidas (referiu-se às discussões sobre a VIII Mostra de Teatro da UFRJ, em dezembro de 2008);

- José Henrique e Carmem sugerem comentários dos professores sobre os projetos antes deste encontro com os alunos, para que o “réu” possa refletir a partir dos comentários recebidos e para que possa “defender-se” na reunião;

- Há a sugestão de que esta medida seja mantida em PET e caso mesmo após as reuniões o projeto seja negado, professores concordam em determinar um teto para a construção de um novo projeto;

- Para finalizar, esclarece-se pontos como a contratação de Adriana Schneider como professora fixa da Direção Teatral que deve ser efetivada entre março e abril, de forma que ainda não poderá lecionar disciplinas. Assim, ela assume, juntamente com a colaboração de Mário, a Coordenação da Mostra Mais 2009;

- Também somos informados de que a segunda colocada no mesmo concurso vencido pela Adriana também será professora fixa da Direção Teatral. Porém, por conta da gravidez, só começará a dar aulas no próximo semestre;

- Fala-se rapidamente sobre projeto no qual a professora Marina guiará os alunos de Direção Teatral em uma direção dos alunos de Direito sobre Euclides da Cunha e Schneider comenta sobre o processo que acontecerá na EBA da encenação de um texto de Valerè Novarina, sob direção da encenadora francesa Claude Buchvald;

- Após pedido do CADT por esclarecimentos quanto à grade horária do período vigente, o professor José Henrique encarrega-se de ajeitar a grade e repassá-la ao CADT para posterior divulgação aos alunos.
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